terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Prefácio


Raras são as grandezas que trazem opiniões tão polêmicas alimentadas de modo a serem totalmente baseadas nas emoções quanto à música. Ainda mais no Brasil, onde é rara a contextualização bem fundamentada sobre a influência desta arte milenar sobre a vida das pessoas, não apenas envolvendo o seu dia-a-dia externo e visível para todos, mas principalmente quanto a internalidade e a personificação do seu ser.

A música no Brasil já não é mais bem quista pela a própria sociedade brasileira. Tal teoria é exposta conforme apenas no modo com a qual a população enxerga a essa arte atualmente: Apenas para diversão.

De fato, a música possui o seu propósito de entreter, aliviar a tensão do dia-a-dia. Seja com um Clássico de Caetano Veloso ou um Heavy Metal ‘‘pesado’’do Slipknot, ela se torna a válvula de Escape perante as tensões da rotina.

Mas seria esse o único propósito da música? Seria este o único benefício que ela pode alimentar para as pessoas?

É de se invejar o estudo da música no continente Europeu em relação a forma com a qual ela é tratada nas Américas. Toda a didática, teoria, investimento no estudo da arte que fortalece inclusive a boa cidadania das pessoas. É comum encontrar adolescentes nas ruas de Londres escutando música clássica em seus fones de ouvido, enquanto que aqui se vê a Cultura Twerk e Funk “proibidão” ganhando mais espaço a cada dia que passa. Homenagens a grandes nomes do Rock Clássico até hoje são bem valorizadas, graças ao cunho social e teor de suas músicas. Não se vê isso aqui no Brasil.

Convém para a indústria musical brasileira apenas o que gera o retorno financeiro, sem qualquer valorização do cunho cultural histórico das nossas jornadas. Tanto como ouvintes, tanto como músicos, nós temos histórias de valor para serem lembradas. Agraciado é àquele que consegue transpor tais histórias dentre melodias, harmonias e poesias. E mais contemplado ainda é aquele que atinge a essência de quem ouve suas mensagens com o mínimo de louvor, gerando uma sede de apreciação pelo seu trabalho.

Mas como funcionam os bastidores de uma composição? A alimentação da inspiração de um mensageiro é constantemente sustentada pelas emoções? Pelas angústias? Qual é o verdadeiro objetivo?

É notório que não há uma regra. A individualidade de cada ser permite esta rica diversidade de histórias a serem lidas e ouvidas, transmitidas àqueles que possam se identificar com aquilo que lê e ouve. O que pode ser um aprendizado, ou simplesmente uma empatia com o Eu-lírico, alcançando o mais íntimo dos seus sentimentos.
(...)


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