Raras
são as grandezas que trazem opiniões tão polêmicas alimentadas de modo a serem
totalmente baseadas nas emoções quanto à música. Ainda mais no Brasil, onde é
rara a contextualização bem fundamentada sobre a influência desta arte milenar
sobre a vida das pessoas, não apenas envolvendo o seu dia-a-dia externo e
visível para todos, mas principalmente quanto a internalidade e a
personificação do seu ser.
A
música no Brasil já não é mais bem quista pela a própria sociedade brasileira.
Tal teoria é exposta conforme apenas no modo com a qual a população enxerga a
essa arte atualmente: Apenas para diversão.
De
fato, a música possui o seu propósito de entreter, aliviar a tensão do
dia-a-dia. Seja com um Clássico de Caetano Veloso ou um Heavy Metal ‘‘pesado’’do
Slipknot, ela se torna a válvula de Escape perante as tensões da rotina.
Mas
seria esse o único propósito da música? Seria este o único benefício que ela
pode alimentar para as pessoas?
É
de se invejar o estudo da música no continente Europeu em relação a forma com a
qual ela é tratada nas Américas. Toda a didática, teoria, investimento no
estudo da arte que fortalece inclusive a boa cidadania das pessoas. É comum
encontrar adolescentes nas ruas de Londres escutando música clássica em seus
fones de ouvido, enquanto que aqui se vê a Cultura Twerk e Funk “proibidão”
ganhando mais espaço a cada dia que passa. Homenagens a grandes nomes do Rock
Clássico até hoje são bem valorizadas, graças ao cunho social e teor de suas
músicas. Não se vê isso aqui no Brasil.
Convém
para a indústria musical brasileira apenas o que gera o retorno financeiro, sem
qualquer valorização do cunho cultural histórico das nossas jornadas. Tanto
como ouvintes, tanto como músicos, nós temos histórias de valor para serem
lembradas. Agraciado é àquele que consegue transpor tais histórias dentre
melodias, harmonias e poesias. E mais contemplado ainda é aquele que atinge a
essência de quem ouve suas mensagens com o mínimo de louvor, gerando uma sede
de apreciação pelo seu trabalho.
Mas
como funcionam os bastidores de uma composição? A alimentação da inspiração de
um mensageiro é constantemente sustentada pelas emoções? Pelas angústias? Qual
é o verdadeiro objetivo?
É
notório que não há uma regra. A individualidade de cada ser permite esta rica
diversidade de histórias a serem lidas e ouvidas, transmitidas àqueles que
possam se identificar com aquilo que lê e ouve. O que pode ser um aprendizado,
ou simplesmente uma empatia com o Eu-lírico, alcançando o mais íntimo dos seus
sentimentos.
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